Por entre caminhos percorro
nesta encruzilhada da vida.
Encontros e desencontros
deambulando perdida.
O tempo assim me leva,
num espaço indefinido,
num caminho imaginário.
Num espaço-tempo dividido.
A bússola que me orienta
desnorteia-me nesta realidade.
Já não sei se hei-de ir em frente
ou se hei-de ficar parada.
Como me posso eu guiar
num caminho sem orientação.
Procuro fora de mim
o que me faz dentro confusão.
Neste atalho em que me devaneio
perco o sentido, o lado certo.
Em quimeras, em ilusões
Já não sei se estou longe ou se estou perto.
Perdida neste labirinto
teço a teia que me envolve.
Sou presa em mim mesma,
sou puzzle que não se resolve!...
Maria Cristina Quartas
1997
domingo, 18 de outubro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Deixa-me ficar no sentido
da revelação do tempo que abarca a nudez dos rios, dos ventos, correntes e rochedos,
Num arrebatamento explicado no murmúrio surdo das águas segredado à raiz funda das rochas.
Deixa-me que te invente o segredo e to murmure com a voz assim, lenta,
Ensurdecida no nó cravado na garganta pela limpidez luminosa das tuas pálpebras
que vejo a nortear-te os olhos no sentido fervoroso do papel branco
onde escreves, delimitas e revelas um espaço de desejo onde te encontres.
pedro
Enviar um comentário