domingo, 5 de dezembro de 2010

"No Cais", por Maria Cristina Quartas

Foto de Prof. Mário Anacleto

http://www.youtube.com/watch?v=hNMwGXamT5o&feature=related


Nem saudade te prende nem o longe… te dói

Apenas o silêncio existe nas horas demoradas

onde a melancolia e a nostalgia intensa corrói

neste lugar frio e triste, deste que partiste.


A brisa é fria no eco da solidão,

mórbido canto de melodia parada

que acompanha o tempo

na ilusão da tua chegada.


O cais… o cais é agora local de abandono,

uma Ilha perdida, de sonhos e quimeras

dum tempo em vão, sem dono.


Não existirá mais auroras, nem entardecer.

O sol deu lugar ao orvalho da neblina

e toda a hora é hora de anoitecer…


Olho o Céu e em cada noite escura

e peço à luz do luar

que te traga de volta na fragata.


Porque esta saudade me prende

e este longe… me mata!


Maria Cristina Quartas